Candiota (RS) - Alex, Darlan, Elis Regina e Raul: apenas quatro, das centenas de histórias ouvidas pela equipe da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, em Candiota, na semana passada. Defensores e servidores montaram uma força-tarefa para analisar a situação jurídica e prestar orientação às famílias que residem nas Vilas Operária e Residencial, ameaçadas de deixar suas residências a partir do processo de reestruturação societária das duas subsidiárias da Eletrobras na região Sul: a Eletrosul e a CGTEE.

Confira no vídeo o relato dessas pessoas, que construíram suas vidas, constituíram família e cuidaram dessas casas durante décadas, com utilização de recursos próprios. Atualmente, mais de 400 famílias vivem na área e algumas moram há mais de 60 anos nesses bairros. 

Durante a semana, a equipe da Defensoria visitou os bairros, ouviu relatos individuais e coletou a documentação necessária para subsidiar a negociação com a estatal. Foram realizados 152 atendimentos nesse mutirão.

As casas envolvidas na situação foram originariamente destinadas para moradia dos funcionários da CEEE, antes de ela virar CGTEE. Porém, como passar dos anos, elas foram sendo vendidas ou cedidas a familiares desses funcionários. 

A ideia da Defensoria Pública é resolver a situação de forma extrajudicial, ou seja, sem ingresso de ação na Justiça, priorizando o diálogo com a empresa. No próximo dia 26, a instituição deve se reunir com a estatal para tratar da situação desses moradores.