Porto Alegre (RS) - Com capacidade para acolher cerca de 850 moradores, foi inaugurado hoje (11) o Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) Vida, em Porto Alegre. O defensor público-geral do Estado, Nilton Leonel Arnecke Maria, acompanhou a cerimônia, que contou com a presença de famílias que terão o espaço como moradia, do governador Eduardo Leite, do vice-governador Gabriel Souza, de secretários de Estado e de representantes de empresas parceiras.

Financiado pelo Sistema Fecomércio/Sesc/Senac e coordenado pelo vice-governador, o local oferece 122 dormitórios distribuídos em quatro alas: grupos familiares, homens, mulheres e a ala LGBTQIA+. Os banheiros são exclusivos para cada ala. No local, há também refeitório, lavanderia coletiva, berçário, fraldário, posto médico, policiamento 24h, ambientes multiuso e espaços para as crianças e de conectividade, onde os acolhidos poderão carregar seus telefones e acessar a internet. O centro conta com serviços de água, saneamento, energia elétrica, wi-fi gratuita, assistência médica e social, atividades de integração e apoio psicológico, além de acompanhamento por psicopedagogos e pediatras especializados em desenvolvimento infantil para as crianças.

Este é o segundo CHA inaugurado. O primeiro foi entregue no dia 4 de julho, em Canoas, e a terceira unidade será aberta até o final do mês, também em Canoas. A Defensoria Pública vai disponibilizar atendimento jurídico e multiprofissional (com assistente social e psicologa) três dias por semana nesses locais.

A abertura dos espaços faz parte do Plano Rio Grande, que atua em três eixos de enfrentamento aos efeitos das enchentes: ações emergenciais, ações de reconstrução e Rio Grande do Sul do futuro.

A prefeitura de Porto Alegre contribuiu com a infraestrutura do Centro Vida, que recebeu doações de empresas privadas e organizações, como a Oi S.A., Whirlpool Corporation e a Cordeiro Kids. Já a gestão é feita pela Organização Internacional para as Migrações (OIM).

De acordo com a coordenadora de emergência da OIM, Maria Oliveira, os centros humanitários são mais do que abrigos. Ainda que temporários, eles são uma opção de moradia digna e segura para quem perdeu sua casa, oferecendo uma abordagem de cuidado que prioriza os direitos humanos.

“Não vamos descansar enquanto não tivermos as casas definitivas de vocês”, disse o governador do Estado, Eduardo Leite, às famílias presentes na inauguração. Segundo ele, ainda há um longo caminho a ser percorrido e a montagem de estruturas como essas exige mais trabalho do que apenas a montagem do espaço físico, mas também a estruturação de pessoal para atendimento. “É uma grande mobilização e por isso a gente soleniza e faz um evento como esse. Também para assumir esse compromisso com as famílias”.