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No plantão do recesso forense, Defensoria garante transplante de órgãos para 3 pacientes que aguardavam na fila de espera

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3 vidas foram salvas
3 vidas foram salvas - Foto: Canva
Por Felipe Daroit — Ascom DPE/RS

Porto Alegre (RS) – Entre os milhares de atendimentos que estão sendo feitos pela Defensoria Pública no plantão do recesso forense, um deles, ocorrido na quinta-feira (22), garantiu esperança de uma nova vida para três pessoas que estão internados em hospitais de Porto Alegre. Os pacientes estavam na fila de espera da Central de Transplantes do RS.

O caso ocorreu após o falecimento de um homem, de 58 anos, na última quinta-feira., que estava internado no Hospital São Lucas da PUC. Ele não possuía familiares e estava sendo cuidado por uma amiga, manifestando para ela o interesse de doar os seus órgãos. Foi necessário ajuizar uma ação de autorização via judicial.

Na tarde passada, a equipe responsável pelo setor de doações de órgãos do São Lucas entrou em contato com o plantão da Defensoria. Iniciou-se assim o processo com pedido para que os órgãos e tecidos fossem retirados e doados. A petição inicial, em caráter de urgência, foi feita pela defensora Daniela Bueno e assinada pelo defensor Rogério Souza Couto. Na decisão, a magistrada Annie Herynkopf atendeu o pedido feito pela DPE/RS e autorizou a retirada dos órgãos.

“Julgo procedente a pretensão, a fim de que seja expedido alvará judicial de autorização à retirada dos órgãos estando juntados a presente exordial o termo de declaração de morte e o laudo de exame de imagem – documentos médicos necessários –, bem como o termo de autorização, firmado pela amiga íntima e pessoal, diante da inexistência de cônjuge e parentes de primeiro e segundo grau que pudessem proceder à autorização”, citou em trecho da decisão.

Hoje (23), os órgãos (fígado e dois rins) foram retirados e implantados em 3 pessoas que estavam na fila de espera da Central de Transplantes do Estado.

“A Defensoria está de parabéns. Anos atrás, tínhamos que correr ao Fórum, fazer inúmeras coisas. Desta vez, resolvemos tudo rápido, através de telefone, e-mails e WhatsApp. Fomos extremamente bem recebidos. Todos que nos atenderam agilizaram os documentos e o pedido foi feito de forma célere para que essas outras pessoas possam ter uma nova vida”, ressaltou a enfermeira responsável pelo setor de procura de órgãos do Hospital São Lucas, Lidiane Couto Braz.

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