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No dia do combate à violência contra mulher, assistida da DPE/RS é absolvida de homicídio contra ex-companheiro

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Assistida da DPE/RS foi absolvida em tribunal do júri da acusação de matar ex-companheiro
Assistida da DPE/RS foi absolvida em tribunal do júri da acusação de matar ex-companheiro - Foto: Freepik
Por ASCOM DPE/RS

Tenente Portela (RS) – No último dia 7 de agosto, quando a Lei Maria da Penha completou 17 anos, Rosimeri Prazido, vítima de violência de gênero, acusada de matar o namorado, foi absolvida no tribunal do júri da comarca de Tenente Portela.

Em mês de janeiro de 2005, Rosimeri, enquanto era esganada pelo namorado, desferiu um golpe de faca no agressor, que acabou falecendo. Apesar de as testemunhas mencionarem o contexto de violência doméstica e o laudo pericial apontar a existência de lesões no pescoço, Rosimeri acabou denunciada e pronunciada pela prática do crime de homicídio.

“Não conseguia mais respirar e falar, lembrei que tinha uma faca e finquei. Eu tava desatinada, eu não sei onde atingi. Quando grudei a faca, ele me largou e eu sai apavorada”, recordou Rosimeri.

O defensor público Andrey Melo, responsável pela defesa da ré, disse que “o júri foi marcado por uma angústia defensiva muito grande, eu estava diante de uma mulher repleta de dores e traumas, que, embora vítima de violência doméstica, sentou-se por longos anos no banco dos réus, cabendo recordar que a acusação buscava a condenação por lesão corporal seguida de morte. Os jurados, no entanto, de forma soberana, perceberam o absurdo acusatório e restabeleceram a liberdade na sua plenitude, reconhecendo a legítima defesa”.

Atualmente, a assistida trabalha como atendente em um restaurante, é casada e tem dois filhos. “Hoje eu tenho a minha família que eu tanto busquei”.

Antes do júri, a defesa da ré foi realizada pela defensora pública Kedi Leticia Bagetti.

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