Internas do CASEF iniciam curso de maquiagem profissionalizante, promovido pela Defensoria Pública
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Porto Alegre (RS) – Seis internas do Centro de Atendimento Socioeducativo Feminino (CASEF) iniciaram ontem (23) uma nova trajetória em suas vidas. Com a promoção da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS), elas começaram uma capacitação em técnicas de maquiagem e autocuidado.
Chamada “Maquiarte”, a iniciativa tem como objetivo resgatar a autoestima das meninas, além de oferecer a possibilidade de uma atividade profissionalizante. Também apoiam o projeto a Associação das Defensoras e dos Defensores Públicos do RS (ADPERGS), o Ministério Público do RS (MPRS) e a Associação do Ministério Público do RS (AMP/RS).
“Sempre quando a gente fala em socioeducação, a palavra que vem à mente é oportunidade. Então, a ideia do curso foi justamente pensando nessa palavra e em atingir dois objetivos: o resgate da autoestima dessas jovens, que muitas vezes vêm de um contexto de muita vulnerabilidade; e de conferir uma ferramenta profissionalizante”, afirmou a defensora pública Paula Simões Dutra de Oliveira, titular da 3ª Defensoria Pública da Infância e Juventude.
Atualmente, o CASEF atende nove meninas, a maioria com idade entre 16 e 18 anos. Segundo o assistente de direção do centro, Roque Della-Méa, as meninas estavam muito empolgadas e na expectativa por essa formação. “Isso está trazendo para elas um aconchego, um carinho na sua autoestima, o que é muito importante para elas, enquanto estão cumprindo medida socioeducativa, e para seu futuro enquanto possíveis profissionais”, disse.
Ao final do curso, as adolescentes receberão um certificado e, aquela que se destacar, ganhará um kit de produtos para que possa aplicar, de forma profissional se desejar, os aprendizados. “Eu sempre gostei de maquiagem e desde novinha sempre fui muito vaidosa. Minha mãe me ensinou o básico, então espero que no curso eu consiga adquirir esse conhecimento”, afirmou uma das alunas.
Para a consultora de beleza da Mary Kay que ministrou o curso, Lisiane Gonçalves, as adolescentes podem ter muitas opções de atuação a partir dessa formação. “Que elas possam enriquecer a vida de tantas outras mulheres, assim como eu estou fazendo aqui hoje. Que elas possam sair e trabalhar em salões de beleza, atendendo a vizinha, fazendo uma maquiagem na vizinha, para um aniversário, um casamento… Que a gente possa usar essas próximas aulas para o autoconhecimento, para fazer o futuro delas muito melhor do que elas pensaram.”
A empolgação era visível no rosto de cada menina, bem como a vontade de aprender. “Eu gosto de tudo da área da beleza. Eu gosto de cabelo, eu gosto de fazer unha, eu gosto de me maquiar… Acho tudo muito interessante. Espero aprender tudo do melhor para deixar as pessoas bonitas”, comentou outra socioeducanda.
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