Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Início do conteúdo

Em Rio Grande, DPE/RS acompanha simulação realizada pelo IGP para auxiliar no processo de defesa de três assistidos

Publicação:

Simulação foi um pedido da própria Defensoria Pública
Simulação foi um pedido da própria Defensoria Pública - Foto: Reprodução
Por Drysanna Espíndola – Ascom DPE/RS

Rio Grande (RS) – A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) participou na última terça-feira (14) e nesta quarta-feira (15) de uma reprodução simulada dos fatos realizada pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) no município de Rio Grande. A simulação foi um pedido da própria Defensoria Pública, que apresentou resposta à acusação de três assistidos, acusados de tentativa de homicídio.

Segundo os autos, imagens e vídeos anexados ao processo mostram interferência da Força Tática da Brigada Militar na cena do crime, configurando “quebra da cadeia de custódia na preservação do material probatório colhido”. Nos registros também é possível perceber a presença de diversos civis, policiais e viaturas no local da suposta troca de tiros. Devido à complexidade do caso, a Defensoria requereu a 1ª Vara Criminal da Comarca de Rio Grande a realização de uma perícia do IGP, que foi autorizada pelo juiz.

“O deferimento dessa prova policial foi bem importante porque vai ajudar a esclarecer em detalhes como os fatos efetivamente aconteceram no local, seja da perspectiva dos policiais ou da perspectiva dos assistidos. Esse pedido demonstra o efetivo empenho da Defensoria Pública na busca pela verdade e certamente essa prova será de grande valor durante a instrução do processo e, se for o caso, durante o julgamento pelo plenário do Tribunal do Júri”, explicou o defensor público William Foster, responsável pelo processo.

Além de Foster, a simulação também foi acompanhada pelos defensores públicos Andrey Régis de Melo e Bernardo Cardone Fossati. O caso segue sendo acompanhado pelo Núcleo de Defesa Criminal e pelo Núcleo de Defesa de Direitos Humanos da DPE/RS.

Os assistidos, que estavam há mais de um ano em prisão preventiva, foram soltos após o pedido de realização da simulação dos fatos e aguardam a conclusão da perícia.

O caso

Os réus foram acusados de três tentativas de homicídio contra policiais militares durante suposto confronto ocorrido em 10 de junho de 2020. Na ocasião, os três acusados foram presos preventivamente.

Contudo, os réus alegaram que, diferentemente do que constava na ocorrência policial, não houve troca de tiros contra a BM. Além disso, segundo dados preliminares da perícia, nenhum dos três brigadianos envolvidos no caso ficou ferido. Também não foram constatados danos na viatura utilizada durante a ação.

Os três assistidos ficaram gravemente feridos e as duas vítimas, que também eram ocupantes do veículo, um Fox vermelho, foram mortas com múltiplos disparos de armas de fogo. O carro em que estavam foi atingido por aproximadamente 50 disparos.

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul