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Em Caxias do Sul, Defensoria Pública consegue demonstrar legítima defesa e absolver homem denunciado por matar irmão

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Júri ocorreu na terça-feira (18), em Caxias do Sul.
Júri ocorreu na terça-feira (18), em Caxias do Sul. - Foto: Reprodução
Por Felipe Daroit - Ascom DPE/RS

Caxias do Sul (RS) – Em júri realizado nesta terça-feira (18) em Caxias no Sul, o defensor público Cláudio Covatti conseguiu absolver um homem acusado de matar o irmão, em 2009. Entre outras alegações, Covatti demonstrou aos jurados que o acusado agiu em legítima defesa.

Tiago Ferreira Braz, 36 anos, respondia em liberdade. Ele era apontado como responsável por matar o irmão, Mario Ferreira Braz, que tinha 32 anos na época, com dois tiros, no bairro Belo Horizonte.
No dia do crime, segundo denúncia do Ministério Público, o acusado e um amigo foram até a casa da vítima e o convidaram para ir a uma festa. O trio saiu em um veículo até a Barragem da Maestra. No local, ele foi alvejado pelo irmão com dois disparos de arma de fogo. O corpo foi deixado nas margens.

Tiago, em seu depoimento, alegou legítima defesa. Segundo ele, o irmão lhe pediu dinheiro e, diante da negativa, puxou uma faca e o ameaçou. Em defesa, ele matou Mario a tiros. Tiago aguardava o julgamento em liberdade.

No entendimento do próprio Ministério Público (MP), a vítima, conforme os relatos de familiares, tinha o costume de estar sempre com uma faca. Uma irmã e a mãe também confirmaram que Mario tinha um perfil violento. Ele foi descrito como um homem agressivo quando usuário de entorpecentes e bebidas alcoólicas e com frequência agredia os pais e demais familiares para conseguir dinheiro.

Ao final do júri, com todas alegações apresentadas pela Defensoria, o próprio MP pediu a absolvição do acusado.

O defensor público, Claudio Luiz Covatti, que representou o réu, acredita que o resultado foi legítimo.
“Insisti na oitiva das testemunhas (familiares), pois era necessário demonstrar a realidade do sofrimento que todos passaram. Foi uma fatalidade entre os irmãos. Com essa decisão do júri foi feita justiça”, comentou.

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul