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Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos participa de audiência pública sobre os 53 Anos do Golpe Civil-Militar no Brasil e a...

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Mariana (C) durante o relato de mulheres perseguidas e presas pela Ditadura na Assembleia Legislativa - Foto: Vinicius Flores/AscomDPERS

Porto Alegre (RS) – A Dirigente do Núcleo de Direitos Humanos (Nuddh) da Defensoria Pública, Mariana Py Muniz Cappellari, participou, no dia 29 de março, de audiência pública sobre os 53 Anos do Golpe Civil-Militar no Brasil e a resistência das mulheres, promovida pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (CCDH), no Palácio Farroupilha, na Capital.

Proposta pelo Presidente da CCDH, Deputado Jeferson Fernandes, a audiência pública buscou replicar as vozes das mulheres protagonistas e companheiras de militantes políticos durante o período ditatorial do país. “A ideia é fazer um paralelo entre o Golpe de 64 e as constantes violações e perdas de direitos da atualidade”, justificou Fernandes.

Em sua fala Mariana abordou a temática da institucionalização da tortura como um dos efeitos do período autoritário e da permanência desta em conflitos retratados ainda hoje, exemplificando, particularmente com o diagnóstico de violência policial no recorte do gênero.

Conforme Mariana, a presença da Defensoria Pública na audiência pública pretendeu, entre outros, dar visibilidade a uma violência que é estrutural e institucional, chamando à atenção da população e das demais instituições e órgãos de Estado para a tomada de suas atribuições no enfrentamento da mesma.

Relatos

Durante a atividade, a CCDH ouviu relatos de mulheres perseguidas, torturadas e presas pela Ditadura Militar, além de militantes políticas com atuação em ações armadas. Para Maria Inês Serpa, conhecida como Martinha, embora o Brasil não esteja oficialmente vivendo um período intransigente, é notório o retrocesso e a perdas de direitos conquistados às custas de muitas vidas.

Já a Coordenadora da Comissão de Familiares de Mortos e Desaparecidos Políticos no RS, Suzana Lisboa, relembrou os anos de repressão e a impunidade dos algozes de seus companheiros e das mulheres submetidas à estupros e todo tipo de violações, inclusive mortas. “Dentre as 45 mulheres vitimadas pelo Regime da época, duas eram gaúchas”, pontuou.

 

Texto: Vinicius Flores/AscomDPERS
Defensoria Pública do RS
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