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Defensoria consegue absolvição de homem que ficou preso injustamente por mais de um ano

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A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) conseguiu a absolvição de um homem injustamente preso.
A Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) conseguiu a absolvição de um homem injustamente preso. - Foto: Canva
Por Pedro Costa – ASCOM DPE/RS

Canoas (RS) – Nesta quinta-feira (1º), a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) conseguiu a absolvição de um homem injustamente preso por tentativa de homicídio e porte ilegal de armas. O suposto crime teria acontecido em janeiro de 2018, em Canoas. Acusado de alvejar um policial militar, o réu passou um ano e um mês em detenção.

O suposto crime
Morador de São Leopoldo, na noite de 22 de janeiro, o homem visitava o apartamento de sua mãe, com sua esposa e três filhos pequenos. O mais velho brincava com vizinhos no andar térreo. Por volta das 23h50, iniciou-se uma troca de tiros entre policiais e criminosos nas dependências do condomínio. Com o cessar fogo, o casal foi buscar a criança. Enquanto retornavam ao apartamento, policiais entraram no prédio, pararam, revistaram e reconheceram o homem que, apesar das negativas suas e das testemunhas, acabou sendo levado para a delegacia. Com ele, foi registrado a posse de uma pistola 9mm, cartuchos de munição, e uma balaclava.

Busca por justiça
Da delegacia, o réu foi encaminhado preventivamente para a Cadeia Pública de Porto Alegre, onde ficou preso durante um ano e um mês. Após diversos pedidos da Defensoria, conseguiu-se que respondesse o processo em liberdade, com apresentações periódicas à Justiça.

Na investigação do caso, a DPE solicitou a realização de exames de DNA e perícia dos objetos apreendidos. A análise dos materiais genéticos não encontrou coincidência entre o acusado e os artefatos em questão. Com a insuficiência de provas, o homem foi considerado inocente e absolvido no Tribunal do Júri nesta quinta-feira.

A instrução do processo foi realizada pelo dirigente do Núcleo de Defesa Criminal da DPE/RS, Andrey Regis de Melo, e o júri foi conduzido pela defensora pública Maína Ribeiro Pech.

De acordo com Maína, depois de cinco anos em litígio e prisão injusta, hoje o homem tenta retomar sua vida pós-trauma. Apesar das perdas irreparáveis, psicológicas e temporais, trabalha como pintor e vive em outro município, com sua esposa e filhos.

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul