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Defensora pública é entrevistada em reportagem especial sobre Constelação Familiar

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A Defensoria Pública do Estado (DPE-RS) utiliza a constelação familiar desde 2018
A Defensoria Pública do Estado (DPE-RS) utiliza a constelação familiar desde 2018 - Foto: Felipe Daroit – ASCOM DPE/RS
Por Felipe Daroit - Ascom DPE/RS

Porto Alegre (RS) – O jornal Zero Hora publicou, recentemente, uma reportagem especial falando sobre constelação familiar. Veiculada no caderno Comportamento, a matéria teve o título: “Constelação familiar ganha espaço em meio a acusações de farsa, preconceito e desrespeito a vítimas de violência”.

Foram ouvidos diversos especialistas na área, como psicólogos, juízes e a defensora pública dirigente do Núcleo de Defesa do Direito das Famílias (Nudefam), Patricia Pithan Pagnussatt Fan, que realiza esse tipo de técnica na instituição.

A Defensoria Pública do Estado (DPE-RS) utiliza a constelação familiar desde 2018, a partir de convênio com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

“ O objetivo da constelação não é um acordo, mas trazer clareza e autocuidado à pessoa, para que ela se sinta capaz de resolver suas questões. É sempre no sentido de oferecer condições para que ela esteja segura para tomar boas decisões. A constelação familiar potencializa a cultura da paz na mediação” disse Patrícia.

Segundo ela, a constelação familiar engloba um esforço para que conflitos familiares sejam resolvidos de forma extrajudicial. Na Defensoria Pública do Estado, o trabalho tem início quando reportado um conflito familiar, que pode ser uma discussão sobre a guarda de um filho ou divórcio, por exemplo. No órgão estadual, o grupo ou o casal é primeiro atendido em uma atividade chamada Oficinas das Famílias, na qual a defensora explica o processo legal, direitos e deveres dos envolvidos na situação.

Ao notar que uma das partes não está aberta ao diálogo, a defensora oferece a constelação familiar como uma opção ao que demonstra resistência à conversa. Se aceitar, a pessoa pode ser constelada, ser participante do sistema ou apenas assistir a sessão. O uso da abordagem pode ser recusado, pois não é participação obrigatória, esclarece Patricia:

“Não tem sentido você obrigar alguém a fazer mediação ou obrigar a constelar. Então, é sempre um convite. Eu digo que a constelação é um presente, porque uma sessão paga custa R$ 400. Nós oferecemos esse trabalho de forma voluntária, para pessoas que não teriam acesso de forma alguma ao pagamento particular de uma constelação”, comentou.

Na Defensoria, a constelação é feita uma vez por semana pela internet e uma vez por mês de forma presencial, sob condução de uma consteladora voluntária. A defensora pública não atua: só recebe relatórios de como foi cada sessão.

Segundo Patricia, a abordagem não é aplicada apenas em casos de violência doméstica. Questionada sobre a eficácia da constelação familiar nas atividades da Defensoria Pública do Estado, Patricia afirma que a técnica tem se mostrado útil na resolução de conflitos e a ideia é a de que o trabalho continue:

“É claríssimo (o benefício), chega a ser assustador. As pessoas que passam pela constelação vão com outra postura para a sessão de mediação, com as emoções trabalhadas. A pessoa passa a estar mais segura de si, mais consciente sobre o que ela pretende”, disse.

LEIA A REPORTAGEM ESPECIAL DE ZH

Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul