Nova Esperança do Sul (RS) – Depois de ficar dois anos preso preventivamente, um homem defendido pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) foi absolvido por decisão do Tribunal do Júri, no último dia 6 de junho, em Jaguari, na região central do Estado.

Emerson Taicir Corrêa dos Santos havia sido denunciado pelo Ministério Público (MP) por homicídio qualificado. Ele era acusado de participar da execução de um homem no dia 31 de maio de 2021, em Nova Esperança do Sul.

O crime, segundo a Polícia Civil (PC) e o Ministério Público, teria sido cometido por desavenças relacionadas ao tráfico de drogas. A vítima foi morta no pátio da casa onde morava.

Na denúncia consta que Emerson estaria acompanhado de outro homem, responsável pelos disparos, que será julgado separadamente, já que o processo foi cindido. Eles teriam cometido o homicídio, conforme o MP, a mando de um casal que comanda o tráfico na região. Na mesma sessão do Júri, o casal foi sentenciado a 18 anos e 22 anos de prisão pelo crime.

No julgamento, o defensor público Gustavo Cattelan Ruffo conseguiu demonstrar que Emerson apenas acompanhou o homem acusado de executar a vítima até a residência onde ocorreu o crime. Ambos eram amigos, mas ele nem sequer sabia que o executor estaria armado e iria ao local para cometer o crime. Para o defensor público, Emerson ficou dois anos preso por um crime que não cometeu e os jurados perceberam isso.

“Felizmente, os jurados tiveram a sensibilidade e entenderam que o Emerson não tinha nenhum tipo de responsabilidade nesse homicídio. O sentimento é de justiça com o veredito, ainda mais com o restabelecimento da liberdade após praticamente dois anos preso”.