Canoas (RS) – Entre os dias 20 e 23 deste mês, a Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE/RS) realizou um grande mutirão de atendimento e orientação jurídica nos bairros Mathias Velho e Rio Branco, em Canoas. As regiões foram duramente atingidas pelas recentes enchentes, e a ação da DPE/RS teve como objetivo prestar auxílio às famílias afetadas, garantindo acesso a direitos e informações essenciais para a superação das dificuldades enfrentadas.

Ao longo dos quatro dias de mutirão, mais de 1,1 mil pessoas receberam atendimento, em locais estratégicos, para facilitar o acesso da população.

Durante o mutirão, os cidadãos puderam encaminhar demandas em diversas áreas de atuação da Defensoria, além de receber orientação jurídica sobre programas emergenciais como o Pix SOS Rio Grande do Sul e o Volta por Cima. Segundo o coordenador da Defensoria Itinerante, defensor público Renato Muñoz de Oliveira Santos, essas iniciativas são fundamentais para auxiliar as famílias a se reerguerem após as enchentes, proporcionando suporte financeiro e material.

A ação contou também com a participação de defensores públicos de outros estados, em uma colaboração articulada pelo Conselho Nacional das Defensoras e Defensores Públicos-Gerais (CONDEGE), que permitiu ampliar o alcance e a eficácia dos atendimentos prestados. Participaram da ação os defensores do Amazonas, Karleno José Pereira e Ricardo Queiroz de Paiva; do Acre, Gerson Boaventura de Souza; da Bahia, Eduardo Lordão; do Distrito Federal, Ian Araújo Cordeiro e Giselle Kirmse Rodrigues; e do Amapá, Thalita Araújo Silva.

“Essa parceria foi essencial para atender a alta demanda de casos, reforçando a presença e a atuação da Defensoria em momentos críticos como o enfrentado pelas comunidades de Canoas”, afirmou o defensor público-geral do Estado do RS, Nilton Leonel Arnecke Maria.

No mutirão, Alda Terezinha Pereira da Silva, moradora de Canoas, descobriu que a conta de água de junho, que foi de mais de R$ 600, poderia ser isenta, graças ao acordo da DPE/RS com a Corsan. “O defensor me disse que eu teria como rever esse acordo que eu fiz lá. Até mesmo para aliviar um pouco a gente nesse momento que a gente está passando, né? Foi bom ter vindo aqui, sabe, entrar na fila, pegar uma fichinha, aguardar. Valeu muito a pena.”